José Bento Renato Monteiro Lobato (Taubaté, Província de São Paulo, 18 de abril de 1882 – cidade de São Paulo, São Paulo, 4 de julho de 1948) foi um escritor, ativista, diretor e produtor brasileiro. Foi um importante editor de livros inéditos e autor de importantes traduções.
Seguido a seu precursor Figueiredo Pimentel ("Contos da Carochinha") da literatura infantil brasileira, ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo de sua obra de livros infantis, que constitui aproximadamente a metade da sua produção literária. A outra metade, consistindo de contos (geralmente sobre temas brasileiros), artigos, críticas, crônicas, prefácios, cartas, livros sobre a importância do ferro (Ferro, 1931) e do petróleo (O Escândalo do Petróleo, 1936).
Escreveu um único romance, O Presidente Negro, que não alcançou a mesma popularidade que suas obras para crianças, que entre as mais famosas destaca-se Reinações de Narizinho (1931), Caçadas de Pedrinho (1933) e O Picapau Amarelo (1939).
(Resumido e adaptado da Wikipédia)
"A consciência do homem comum mora no bolso, eis tudo."
"A luta contra o erro tipográfico tem algo de homérico. Durante a revisão os erros se escondem, fazem-se positivamente invisíveis. Mas, assim que o livro sai, tornam-se visibilíssimos, verdadeiros sacis a nos botar a língua em todas as páginas. Trata-se de um mistério que a ciência ainda não conseguiu decifrar."
"A mulher não é inferior nem superior ao homem. é diferente. No dia em que compreendermos isso a fundo, muitos mal-entendidos desaparecerão da face da terra."
"A natureza criou o tapete sem fim que recobre a superfície da terra. Dentro da pelagem desse tapete vivem todos os animais, respeitosamente. Nenhum o estraga, nenhum o rói, exceto o homem."
"A Natureza sabe o que faz. Põe as frutas grandes no chão e as pequenas em árvores."
"A natureza só permite aos gênios uma filha: sua obra."
"Acho a criatura humana muito mais interessante no período infantil do que depois de idiotamente tornar-se adulta."
"Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar."
"Assim como é de cedo que se torce o pepino, também é trabalhando a criança que se consegue boa safra de adultos."
"De escrever para marmanjos já me enjoei. Bichos sem graça. Mas para crianças um livro é todo um mundo."
"É erro pensar que é a ciência que mata uma religião. Só uma religião pode com outra religião."
"Escrever é gravar reações psíquicas. O escritor funciona qual antena - e disso vem o valor da literatura. Por meio dela, fixam-se aspectos da alma dum povo, ou pelo menos instantes da vida desse povo."
"Eu me acho capaz de escrever para os Estados Unidos por causa do meu pendor para escrever para crianças. Acho o americano sadiamente infantil."
"Foi pelas ruas da vida que andei descalço e esfolei meus pés de amores vãos."
"Fui mexer na minha tremenda papelada epistolar e tonteei. É coisa demais. É um mundo."
"Futurismo, cubismo, impressionismo e tutti quanti não passam de outros tantos ramos da arte caricatural."
"Meu cavalo está cansado e o cavaleiro tem muita curiosidade em verificar, pessoalmente, se a morte é vírgula ou ponto final."
"Meu plano agora é um só: dar ferro e petróleo ao Brasil."
"No Brasil subtrai-se; somar, ninguém soma." Velha praga."
"No fundo não sou literato, sou pintor. Nasci pintor, mas como nunca peguei nos pincéis a sério (pois sinto uma nostalgia profunda ao vê-los — sinto uma saudade do que eu poderia ser se me casasse com a pintura) arranjei, sem nenhuma premeditação, este derivativo da literatura, e nada mais tenho feito senão pintar com palavras."
"Nunca no mundo uma bala matou uma ideia."
"O certo em literatura é escrever com o mínimo possível de literatura. A mim me salvaram as crianças. De tanto escrever para elas, simplifiquei-me."
"O livro é uma mercadoria como outra qualquer; não há diferença entre o livro e um artigo de alimentação. Se o livro não vende é porque ele não presta."
"O major trazia sobre si o peso de 60 janeiros"
"O verdadeiro amigo de um pintor não é aquele que o entontece de louvores; mas sim o que lhe dá uma opinião sincera, embora dura, e lhe traduz chãmente, sem reservas, o que todos pensam dele por detrás."
"Os nomes que vimos pela primeira vez como tradutores perdem o prestígio, quando os vemos como autores. Há em nós a vaga impressão de que quem traduz não pode criar."
"Para a treva só há um remédio, a luz."
"Porque para o homem o clima ‘certo’ é um só: o da liberdade. Só neste clima o homem se sente feliz e prospera harmoniosamente. Quando muda o clima e a liberdade desaparece, vem a tristeza, a aflição, o desespero e a decadência."
"Porque tenho sido tudo, e creio que minha verdadeira vocação é procurar o que valha a pena ser.""Progresso amigo, tu és cômodo, és delicioso, mas feio."
"Quem escreve um livro cria um castelo, quem o lê mora nele."
"Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê."
"Se Chico Xavier produziu tudo aquilo por conta própria, então ele merece ocupar quantas cadeiras quiser na Academia Brasileira de Letras."
"Se quer viver feliz na América, não se mostre duro com os cães – nem desrespeitoso para com a americana. São dois dogmas muito sérios."
"Seja você mesmo, porque ou somos nós mesmos ou não somos coisa nenhuma."
"Talento não pede passagem, impõe-se ao mundo."
"Tudo vem dos sonhos. Primeiro sonhamos, depois fazemos."
"Um governo deve sair do povo como a fumaça de uma fogueira."
"Um país se faz com homens e livros. Minha visita aos monumentos de George Washington e Lincoln provou-me que a América tinha homens. Ter homens, para um país, é ter Washingtons e Lincolns, forças tão marcantes que sobre sua obra não pode a morte."
"Um só campo existe aberto, hoje, para as obras esculturais de algum vulto: o cemitério."
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