Mapas de Vidas Passadas: Parte 1

Entrevista com Maritha Pottenger


Por Alex Alprim e Gilberto Schroeder


É possível, por meio do mapa astral, definir quem a pessoa foi numa encarnação ou encarnações anteriores? Como isso é feito e qual o grau de precisão?
Ao, discutirmos vidas passadas, temos de lembrar que é tudo teórico. Não há um modo científico de demonstrar que houve vidas passadas. Não importa se usamos a hipnose, técnicas de regressão, mapa astrológico, intuição ou outros instrumentos, não podemos “provar” que exista reencarnação ou que crenças especificamente sobre uma certa vida passada sejam verdadeiras.

Acredito que um mapa astrológico possa oferecer pistas sobre o que um indivíduo enfrentou em uma vida passada, mostrando os tipos de existência que ele pode ter tido. Quanto a detalhes específicos ou um nome particular, não acredito que possam ser dados por um mapa.

Qual a utilidade prática disso, tanto do ponto de vista astrológico quanto psicológico? É importante saber a respeito de existências passadas?
A aplicação prática é responder ao velho adágio: quem não conhece sua história está condenado a repeti-la. Muitas pessoas acabam presas a padrões compulsivos e negativos de hábitos. Reconhecer as antigas raízes é, frequentemente, o primeiro passo para quebrar e mudar esses velhos padrões. Certas fobias, por exemplo, podem estar ligadas a eventos de vidas passadas.

Além disso, ao olharmos para trás, podemos lembrar as pessoas de seus talentos e habilidades que já existem dentro delas, e encorajá-las a dar continuidade a essas habilidades e a manifestar os talentos. Relacionamentos de vidas passadas podem ajudar as pessoas a entender (e a perdoar e superar) problemas difíceis de relacionamento.

Por outro lado, muita gente passa muito bem e não sabe qualquer coisa de suas vidas passadas, e nem precisa saber.

Você diz que é possível escolher ou determinaria futuro a partir da resolução de questões cármicas. Mas o objetivo do carma não é exatamente a pessoa resolver estas questões por si mesmas, em sua atual encarnação? Não é exatamente por isso que as religiões reencarnacionistas insistem no ponto de que as pessoas não se lembram de suas encarnações anteriores?
Quando eu falo em resolver o passado para ter um futuro melhor, eu não digo que se possa escolher o futuro de alguém. Se nós estamos na quinta série da escola, não “escolhemos” entre repetir a quarta, passar para a sexta, pular para o ensino médio, etc.

Uma autoridade além de nós toma essa decisão. O carma é continuamente criado e resolvido. Basicamente, carma significa consequência; consequências de ações sábias e do desenvolvimento de talentos e habilidades, que nós levamos à frente por mais de uma vida.

A consequência de padrões negativos de hábitos e de escolhas de relacionamento é dor, que podemos ter de encarar por mais de uma vida. Se nós mudamos (ou resolvemos) certos padrões cármicos, teremos um futuro diferente daquele que teríamos. (continuação)

 

Fonte

Postado por Wagner Borges em 25 de Fevereiro de 2005 no seu site www.ippb.org.br.
(Extraído da Revista Sexto Sentido 45, páginas 8-12.)


Agradecimento

Wagner Borges concedeu-me muito gentilmente, via e-mail, em 11 de setembro de 2007, permissão específica para aqui aproveitar os interessantes e úteis materiais do seu amplo site do IPPB. Muitíssimo obrigado ao Wagner pela sua generosa e inestimável colaboração. Mais detalhes aqui.

Pesquisar no site:


Home