A Importância do que Pensamos: Parte 1
Por André Sant’Ana
Nossos pensamentos, mesmo quando não manifestados verbalmente, são tão importantes quanto nossas ações, e têm função central em nosso crescimento espiritual.
"Tendes ouvido o que foi dito: Não cometereis adultério. Mas eu vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher com mau desejo já cometeu no seu coração adultério com ela." (Jesus, no Evangelho de Mateus, 5:27)
Quando foram pronunciadas há mais de 2.000 anos, as palavras do Amigo Celeste devem ter causado estranheza aos participantes do inolvidável Sermão da Montanha.
Na época, Jesus tinha acabado de trazer as bem-aventuranças e estava complementando os ensinamentos dos Dez Mandamentos.
Até então, o conceito de adultério era somente relacionado ao fato em si, mas Jesus esclarece que também aquele que pense em adulterar estará assumindo graves responsabilidades com a sua consciência em relação ao fato.
Mas como isso é possível? Se eu não adulterei, de fato, não estarei isento do erro? Acredito que esta deve ter sido a pergunta que a maioria deve ter se feito quando Ele falou; mas mesmo sem compreender o sentido daqueles ensinamentos, todos confiaram no Divino Amigo.
Somente nesses últimos séculos é que pudemos esclarecer essa afirmativa tão transcendental; foi preciso esperar mais de 1.800 anos para entendermos esse e outros ensinamentos de Jesus.
Precisamente em 18 de abril de 1857, Allan Kardec trouxe os ensinamentos e esclarecimentos dos Espíritos Superiores sobre as mais diversas questões daqui e do mundo espiritual.
Ele organizou esses ensinamentos em cinco livros, que são conhecidos como as obras básicas da Doutrina Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.
E é particularmente nesse último que iremos começara desvelar, e confirmar, a afirmação do Mestre. Num sub-item do capítulo XIV que fala sobre a ação dos espíritos sobre os fluidos, criações fluídicas, fotografias do pensamento, Allan Kardec explica sobre os fluidos e os pensamentos, referindo-se à existência e à força das energias mentais que produzimos.
Alguns anos depois, outras doutrinas, como a Teosofia, também trouxeram informações sobre as energias mentais, merecendo destaque a obra de Charles W. Leadbeater, bispo anglicano, clarividente, que conseguia ver as energias mentais.
Ele deixou suas experiências relatadas em vários livros, sendo o mais notável, a meu ver, o Formas de Pensamento (com Annie Besant, Ed. Pensamento), que traz várias ilustrações e explicações sobre o assunto. (continuação)
Fonte
Postado por Wagner Borges em 25 de Fevereiro de 2005 no seu site www.ippb.org.br.
(Extraído da Revista Espiritismo e Ciência número 20, páginas 44-46.)
Agradecimento
Wagner Borges concedeu-me muito gentilmente, via e-mail, em 11 de setembro de 2007, permissão específica para aqui aproveitar os interessantes e úteis materiais do seu amplo site do IPPB. Muitíssimo obrigado ao Wagner pela sua generosa e inestimável colaboração. Mais detalhes aqui.