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Poesias de Euro Oscar - Página 9




Nome da imagem: El_Gato

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Hoje, 31 de Já-Me-Lembro;
Hoje, 31 de Já-Me-Lembro (com acróstico);
O Som Silencioso do Divino.


Hoje, 31 de Já-Me-Lembro

Preparo no meu quarto um cenário,
reparo a sua paisagem pisada e repisada.
Hoje 31 de dezembro, voam os escombros,
atados aos morcegos e às suas trevas.
Lá vai, para longe, a tribo de pesadelos.

Finalmente encarei os meus tantos e quantos,
no plenário da consciência.
Comparei a fuselagem,
e esta carcaça subsiste,
dos voos turbulentos
daquela monocrática teimosia.

Badaladas de décadas,
e eu não as ouvia
Ou, mais por certo,
não as queria compreender...
Meu relógio hibernara...

Mais raios de sol nos sonhos e despertares.
Mantenha-se o entusiasmo do peregrino,
em meio a chuvas de boas surpresas,
pernas e espírito ágeis mas tenazes,
para as jornadas menos previsíveis.

Já é bem novo o clima
no mesmo e velho quarto...
A janela se mantém aberta,
todavia bate mais sol.

Parece-me que dos austeros tempos
só me restaram uns ecos surdos, ao longe,
no horizonte do meu subconsciente.

Voltem, morcegos, só por uns momentos,
e só para os levar de volta,
esses ecos e lembranças soturnas,
vocês os esqueceram, eles são seus...

A vida sopra despertares,
porém tiremos dos ouvidos,
os chumaços de algodão do comodismo.

Não mais nômade e imêmore.
Reencontro-me na via.
Hoje, 31 de já-me-lembro.

Cópia permitida, citando-se o autor Euro Oscar e o site https://www.eurooscar.com.
Se na Internet, incluir o link.


Hoje, 31 de Já-Me-Lembro
(Versão com acróstico)

Edifico no meu quarto um novo cenário,
Uirapuru solene canta: hoje, 31 de dezembro!
Reinem canários e não morcegos mascarados.
O viver sopra esses despertares! Não mais nômade!
Os voos, em nova fuselagem, céu azul, com sol.
Seja cada pensamento um canário sonhador,
Cante o tempo, cada segundo seja coroado.
A manhã vem, a cura é o acordar. Nova vida!
Reencontro-me. Hoje, 31 de já-me-lembro.

Cópia permitida, citando-se o autor Euro Oscar e o site https://www.eurooscar.com.
Se na Internet, incluir o link.


O Som Silencioso do Divino
(Acróstico)

Estás triste, sem amor, como uma rua deserta?
Uiva a boca da noite, mastigando lentamente as horas.
Ribombam, teus pensamentos, num céu outrora claro.
O teu sentir e o teu pensar andam tão apartados,
Oceanos isolam cada corda das outras, no teu violão...
Silencia essa serralheria, põe a mente em sombra fresca!
Chama a Deus, batendo de leve na porta do teu coração.
A flauta oca, que estás, terá o sopro divino a te cantar.
Reconciliam-se as cordas, vibrando um coro de harmonia.

Cópia permitida, citando-se o autor Euro Oscar e o site https://www.eurooscar.com.
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Fonte da Imagem

Wikimedia Commons:
El_Gato
Editei a foto para ela ficar mais leve e a página ser carregada mais rapidamente.


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