
O Castelo de Hohenzollern é um palácio fortificado da Alemanha situado a cerca de 50 km de Stuttgart.
O castelo localiza-se entre as cidades de Hechingen e Bisingen, no coração do Jura suábio. Foi a residência dos condes suábios a partir da primeira metade do século XI. A família Hohenzollern chegou ao poder durante a Idade Média, tendo governado o Reino da Prússia, Brandemburgo e o Império Alemão até ao final da Primeira Guerra Mundial.
O castelo fica localizado no Volksmund ("Monte do Povo"), nome vernáculo para o Zollerberg ou Zollern na sua forma abreviada, um cume proeminente e isolado do monte Hohenzollern, a uma altitude de 855 metros, sobre Hechingen, no Jura suábio. O Zollerberg é um monte-testemunha da cordilheira do Jura, servindo também de epônimo para a região geográfica: o Zollernalbkreis.
O castelo houvera sido destruído duas vezes. O primeiro castelo do Condado de Zollern, provavelmente construído na primeira metade do século XI, foi mencionado pela primeira vez em 1267. No dia 15 de maio de 1423, depois de quase um ano de cerco pela União das Cidades Imperiais, foi conquistado e completamente destruído. Deste primeiro edifício restam apenas registros em fontes escritas.
Em 1454 foi iniciado, então, um novo edifício, mais forte e belo que o anterior, o qual ficaria concluído em 1461. Este castelo, construído durante a Guerra dos Trinta Anos, serviu de refúgio à Família Hohenzollern nos tempos de guerra, sendo temporariamente conquistado em 1634 pelos württembergueses. Depois da Guerra dos Trinta Anos, o castelo manteve-se principalmente na posse da Casa de Habsburgo, mas durante a Guerra de Sucessão Austríaca, no inverno de 1744-1745, foi ocupado pelas tropas francesas.
Depois da retirada da última ocupação austríaca, em 1798, o castelo entrou completamente em decadência. No início do século XIX, o edifício estava totalmente em ruínas; de tal forma que a única parte significativa sobrevivente foi a St. Michaelskapelle (Capela de São Miguel).
A ideia da reconstrução do castelo pode ter surgido em 1819, quando o príncipe herdeiro e futuro Rei Frederico Guilherme IV, regressado duma viagem à Itália, quis conhecer as raízes da sua Casa Real, tendo subido à montanha. De qualquer modo, mais tarde, o monarca registrou esse momento nas suas memórias.
O castelo, na sua presente forma, é um edifício do renomado arquiteto berlinense Friedrich August Stüler, aluno de Karl Friedrich Schinkel e nomeado seu sucessor como "Arquiteto do Rei" (Architekten des Königs) em 1842. O edifício é visto como um típico representante do neogótico na área de língua alemã. O impressionante sistema de rampas foi desenhado pelo engenheiro-oficial Moritz Karl Ernst von Prittwitz, então líder na construção de fortalezas do Reino da Prússia. As obras escultóricas são de Gustav Willgohs. Em primeiro lugar, o Castelo Hohenzollern expressa o espírito romântico daquele período e só depois incorpora a ideia dum castelo medieval.
O Castelo Hohenzollern é historicamente comparável ao Schloss Neuschwanstein na Baviera, mas sem os seus excessos de teatralismo fantástico. Por outro lado, o castelo resulta da vontade de representação política do soberano do Reino da Prússia, o qual queria ver reconstruído o principal dos seus castelos ancestrais de uma forma grandiosa. Em 1850, foi lançada a pedra de fundação. A construção foi financiada pelo Estado de Brandenburgo-Prússia juntamente com a linha principesca da Suábia. No dia 3 de outubro de 1867, o edifício foi concluído e foi inaugurado por Guilherme I.
Em 3 de setembro de 1978 o castelo foi severamente danificado por um sismo, tendo as obras de restauro durado até à década de 1990.
A partir de 1952, o castelo passou a contar com objetos de arte e recordações da história do Reino da Prússia, anteriormente na posse da família e do antigo Museu Hohenzollern do Castelo Monbijou.
O Castelo Hohenzollern ainda é uma propriedade privada. Dois terços pertencem à linhagem Brandemburgo-prussiana da Casa de Hohenzollern e o restante terço à linhagem suábia-católica. Desde 1954, o castelo recebe nas férias de verão as crianças berlinenses necessitadas da Fundação Princesa Kira da Prússia. O castelo serve, atualmente, de atração turística e recebe mais de 300.000 visitantes por ano e é considerado um monumento significativo. Para isso contribui, também, a excelente conservação da sua decoração neogótica.
(Fonte do texto: resumido e adaptado da Wikipédia.)
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