Chacras e Cura Psíquica - Parte 1

Por Wagner Borges

Há traumas que estão gravados na psique, de forma inconsciente, mas ativa, causando bloqueios e fobias. Isso ocorre no corpo sutil e se reflete no corpo denso.
Os chacras* guardam informações preciosas sobre esse processo. Cada um deles é um pequeno portal psíquico e energético, refletindo as condições do Ser.
Existem diversas alternativas para tratar essas síndromes psíquicas:

- Visualizações criativas, terapias descondicionantes, tratamentos psíquicos adequados, meditações, conversas profundas com terapeutas corretos - com a abordagem mais adequada ao temperamento da pessoa -, rituais de quebra do passado, técnicas retrocognitivas - regressões de memória -, ou práticas espiritualistas - xamânicas, naturalistas, animistas, mediúnicas, iogues e outras em que a pessoa se sentir bem.

O que não se pode fazer é deixar o problema de lado, pois os bloqueios interferem diretamente na vida da pessoa. É preciso correr atrás de soluções, para devolver o brilho dos olhos e o entusiasmo de viver.

No entanto, por melhor que seja o caminho escolhido nessa busca pela cura, o processo é sempre dentro da psique da própria pessoa. A cura reside nela mesma.
Técnicas e terapias são ferramentas de fora; ajudam muito, principalmente em momentos de crises. Mas são alternativas de fora e valem como meio para se chegar ao verdadeiro alvo: a própria psique.

Uma das técnicas alternativas sugeridas pelos sábios espirituais da antiga Índia é o mergulho consciente nos chacras. Entrar psiquicamente neles, de um em um, desde a base da coluna até o centro coronário, no alto da cabeça.

Considerar cada chacra como um portal sagrado em si mesmo. Entrar por eles com respeito e admiração, como se entra num templo espiritual. Com amor e paciência, orar dentro de cada um deles. Procurar localizar qual é a fonte do problema e saber calcular qual é o chacra a ser trabalhado mais especificamente na cura em questão.

Por exemplo: bloqueio sexual: chacra sexual. / bloqueio afetivo: chacra cardíaco. / bloqueio de expressão: chacra laríngeo; e assim por diante.
Há casos em que mais de um chacra estão envolvidos; por isso é bom trabalhar todos regularmente, da melhor forma que a pessoa se adequar e se sentir bem. O importante é entrar neles com amor e paciência. Nada ocorre do acaso ou sem trabalho. Tudo demanda tempo e esforço. É necessário constância e qualidade no trato com as energias sutis.
Não é apenas encher os chacras de luz ou cores, ou mesmo realizar alguma técnica bioenergética; é preciso trabalhar a parte psíquica também!

Sem amor não há cura; sem transformação não há alquimia alguma.
Da base da coluna até o topo da cabeça, de um em um, enchendo os mesmos de luz e orando ao “Amor Que Ama Sem Nome”, com modéstia, lucidez e alegria serena.
Paciência na jornada. Ou, melhor dizendo, essa é a arte da “PAZ-CIÊNCIA”.

Observação: Pessoas em tratamento não devem abandonar seus medicamentos ou terapias por causa do trabalho com os chacras. Nos momentos de crise, é necessário procurar ajuda qualificada. Esse trabalho sugerido aqui é para aqueles que queiram colaborar no próprio processo de cura. Conhecer um pouco de si mesmo é sempre bom. Ajuda em qualquer coisa, desde que realizado com discernimento e consciência das coisas**.


Notas

* Para facilitar a compreensão dos leitores, deixo na sequência uma síntese sobre os chacras - extraída de um artigo que escrevi para uma revista.

Chacras - do sânscrito – são os centros de força situados no corpo energético e que têm como função principal a absorção de energia – prana , chi – do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico.

Os principais chacras, que estão conectados com as sete glândulas que compõe o sistema endócrino, são sete: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico. Suas características básicas são as seguintes:

– Chacra Coronário – é o centro de força situado no topo da cabeça, por onde entram as energias celestes. É o chacra responsável pela expansão da consciência e pela captação das ideias elevadas. É também chamado de chacra da coroa. Em sânscrito, o seu nome é Sahashara, o lótus das mil pétalas. Está ligado à glândula pineal.
Obs.: A pineal é a glândula mais alta do sistema endócrino, situada bem no centro da cabeça, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais. Essa glândula está ligada ao chacra coronário, que, por sua vez, se abre no topo da cabeça, mas tem a sua raiz energética situada dentro dela. Devido a essa ligação sutil, a pineal – também chamada de epífise – é o ponto de ligação das energias superiores no corpo denso e, por extensão, tem muita importância nos fenômenos anímico-mediúnicos, incluindo nisso as projeções da consciência para fora do corpo físico.

– Chacra Frontal – é o centro de força situado na área da glabela, no espaço espiritual interno da testa. Está ligado à glândula hipófise – pituitária – e tem relação direta com os diversos fenômenos de clarividência, intuição e percepções parapsíquicas. É o chacra da aprendizagem e do conhecimento. Em sânscrito, ele é conhecido como Ajna, o centro de comando.

– Chacra Laríngeo – é o centro de força situado em frente da garganta. É o responsável pela energização da boca, garganta e órgãos respiratórios. Está ligado à glândula tireoide. Bem desenvolvido, facilita a psicofonia e a clariaudiência. É considerado também como um filtro energético que bloqueia as energias emocionais, para que elas não cheguem até os chacras da cabeça. É o chacra responsável pela expressão criativa – comunicação – do ser humano no mundo. O seu nome em sânscrito é Vishudda, o purificador.

– Chacra Cardíaco – é o centro de força responsável pela energização do sistema cárdio-respiratório. É considerado o canal de movimentação dos sentimentos. Por isso, é o chacra mais afetado pelo desequilíbrio emocional. Bem desenvolvido, torna-se um canal de amor para o trabalho de assistência espiritual. Está ligado à glândula timo. O seu nome em sânscrito é Anahata , o inviolável, o invicto, o som sutil do espírito imperecível.

– Chacra Umbilical – é o centro de força abdominal, responsável pela energização do sistema digestório. Está ligado ao pâncreas. É considerado o chacra das emoções inferiores. Quando está bloqueado, causa enjoo, medo ou irritação. Bem desenvolvido, facilita a percepção das energias ambientais. É chamado em sânscrito de Manipura, a cidade das joias.

– Chacra Sexual – é o centro de força responsável pela energização dos órgãos sexuais. Está ligado às gônadas: testículos no homem; ovários na mulher. Quando está bloqueado, causa impotência sexual ou desânimo. Quando super-excitado, causa intenso desejo sexual. Bem desenvolvido, estimula o melhor funcionamento dos outros chacras e ajuda no despertar da kundalini . É o chacra da troca sexual e da alegria. O seu nome em sânscrito é Swadhistana; a morada do eu – ou morada do sol; ou a morada do prazer.

– Chacra Básico – é o centro de força situado na área da base da coluna. É o responsável pela absorção da energia telúrica e pelo estímulo direto da energia no corpo e na circulação do sangue. Está ligado às glândulas supra-renais e tem relação direta com os fenômenos bionergéticos e parapsíquicos oriundos da ativação da kundalini. O seu nome em sânscrito é Muladhara, a base e fundamento do corpo.

Observação: Aqui não estão relacionados os chacras secundários, incluindo nisso o chacra esplênico, em cima do baço. Para mais detalhes sobre isso, favor ver o texto "Chacras e Bijas-Mantras" – enviado como texto 369 pelo site do IPPB, no ano de 2002 -, postado na seção de textos periódicos:

(Nota deste site de Euro Oscar: Vou acrescentar ao fim desta página o texto da página supracitada, "Chacras e Bijas-Mantras", contando para isso com a compreensão de Wagner Borges. A seguir, continua o texto.)

** Enquanto digitava essas linhas, lembrei-me de um excelente texto dos sábios mentores espirituais Rama e Ramatís, em que eles falam sobre esse mesmo tema.

Reproduzo o mesmo na sequência.


Veículos da Alma

Os antigos ocultistas costumavam utilizar uma analogia bastante interessante para simbolizar a inter-relação energética dos veículos de manifestação da consciência - os corpos energéticos do homem.

Utilizando-se de um método iniciático denominado de "analogia dos contrários", baseado na lei dos ternários - composição musical de três tempos iguais -, esses iniciados do passado representavam esotericamente o corpo astral como um cavalo atrelado a uma carroça, que, por sua vez, é controlada e conduzida pelo cocheiro.

Nessa analogia ocultista, podemos confeccionar o seguinte quadro de ideias:

A carroça é o corpo físico.
O cavalo, fogoso e impulsivo, é o corpo astral com as suas paixões.
O cocheiro é o corpo mental, sede da consciência, que tem por obrigação guiar o cavalo, para que ele puxe a carroça adequadamente até o lugar de destino.

Se aplicarmos este esquema ocultista no estudo dos corpos energéticos do ser humano, podemos fazer uma associação de ideias bastante interessante, exposta da seguinte maneira: normalmente, durante a vigília física, o corpo astral, interpenetrado no corpo físico, sofre uma redução do padrão vibratório de suas partículas energéticas.

Quando uma pessoa se descontrola emocionalmente, há um desarranjo na vibração dessas partículas energéticas astrais, o que acarreta certa turbulência energética no sistema nervoso, pois o duplo etérico - matriz energética do cordão de prata -, que é o filtro energético entre o corpo astral e o corpo físico, absorve toda essa descarga astral-emocional para dentro de seus vórtices vibratórios, denominados de chacras, que, por sua vez, descarregam todo o fluxo energético no conduto espinal, nos plexos nervosos e nas glândulas endócrinas. Isso ocasiona sérios transtornos no campo energético, que, na tentativa de exaurir a carga deletéria vinda do corpo astral, termina por amortecer a própria vibração, criando assim, intensos bloqueios energéticos que enredam demasiadamente o ser espiritual na carne.

É óbvio que numa situação dessas não há como existir um bom progresso na senda espiritual. É imprescindível que haja um ótimo controle mental para dominar as descargas emocionais que emanam do corpo astral.

Pois foi baseando-se nisso que os antigos ocultistas criaram o seu sistema analógico de ideias, que pode ser bem simples na aparência, mas é dotado de um poder de síntese impressionante. Podemos mostrar isso do seguinte modo:

Se o cavalo (corpo astral) descontrolar-se e sair do domínio do cocheiro (corpo mental) pode acabar levando a carruagem - corpo físico - para fora da estrada e mergulhar no fundo do abismo. O intermediário entre o cocheiro (corpo mental) e o cavalo (corpo astral) são as rédeas, que representam esotericamente o cordão de ouro (laço energético sutil que prende o corpo mental no corpo astral).

O cavalo (corpo astral) está conectado à carroça (corpo físico) por meio de arreios e cordas, que representam esotericamente o cordão de prata - laço energético denso que conecta o corpo astral ao corpo físico.

Logo, resumindo todas essas ideias, podemos dizer que o condutor (corpo mental) consciente é aquele que, através da vontade firme, forjada na mais pura disciplina espiritual, domina com a inteligência e os bons sentimentos o "fogo emocional" do seu cavalo (corpo astral) e conduz a sua carruagem (corpo físico) com estabilidade até o seu destino glorioso, a "estação da consciência imortal".

- Rama. -


Ao finalizar este trabalho, no qual muito se falou do corpo astral, que em algumas ordens esotéricas é chamado apropriadamente de "corpo emocional" ou "corpo dos desejos", não podemos deixar de assinalar que qualquer descarga emocional afeta diretamente os chacras submetidos à área emocional, a saber: os chacras umbilical, cardíaco e laríngeo. Dependendo da frequência e da intensidade com que esses chacras são agredidos pelo desequilíbrio emocional, formam-se, na "placa astral-peitoral" da pessoa, bloqueios energéticos bastante densificados, que impedem a livre circulação das energias vitais nessa região. O efeito disso é a proliferação de sintomas, tais como: taquicardia, tosse, pressão no peito, angústia, ou depressão sem motivo, peso nas costas, irritação sem motivo, respiração opressa, vontade de chorar sem motivo e desvitalização geral.

Levando-se em consideração esse quadro patológico "astral-físico", podemos dizer que as pessoas desequilibradas emocionalmente são portadoras de "mofo espiritual" dentro do peito. Ou, como mostra a tradição ocultista, tem um "cavalo louco" (corpo astral) quebrando a carroça (corpo físico).

É necessário então, uma catarse espiritual ou um desbloqueio emocional, que consiste em uma "lavagem energética" da placa astral-peitoral da pessoa, removendo, por meio de um fluxo energético positivo, os "fungos psíquicos" aderidos ao campo emocional.

Na área espiritualista existem ótimos remédios contra a proliferação dos fungos emocionais. São eles:

- concentração;
- meditação;
- ativação dos chacras;
- exercícios de ativação energética.
Porém, sem dúvida que o melhor remédio contra qualquer distúrbio emocional é a "PAZ" no coração e a "LUZ" nas ideias.

Paz e Luz!

- Ramatís. -

(Textos recebidos espiritualmente por Wagner Borges - Extraídos do livro "Viagem Espiritual- I" – Editora Universalista – 1993.)


Notas de Wagner Borges

* Para maiores informações sobre a natureza e a projeção do corpo mental, ver capítulos específicos no meu livro “Viagem Espiritual II” – disponibilizado gratuitamente no site do IPPB – www.ippb.org.br; também recomendo a leitura dos capítulos específicos sobre esse tema no livro “Projeciologia”, de Waldo Vieira - edição do autor.

Fonte

Texto <784><13/06/2007>. Postado por Admin (Wagner Borges) em quarta, 13 de junho de 2007 às 21:46, no site www.ippb.org.br.


(A seguir, os textos 93 e 369 do site do IPPB, de 1999 e de 2002)


Chacras e Bija-Mantras (*1)

Eis aqui os principais chacras e seus respectivos bija-mantras de ativação.
É apenas um pequeno resumo, só para dar uma ideia básica: (*2)

Coronário (do sânscrito: "Sahashara": "O lótus da mil pétalas"): (*3)
Topo da cabeça; ligado à glândula pineal (epífise);
Bija-mantra: "Brahmarandra" (*4) ou o "OM".

Frontal (do sânscrito: "Ajnã": "Centro de comando"):
Testa; ligado a glândula hipófise (pituitária);
Bija-mantra: "OM".

Laríngeo (do sânscrito: "Vishudda": "O purificador"):
Garganta; ligado à glândula tireoide (e paratireoides);
Bija-mantra: "HAM".

Cardíaco (do sânscrito: "Anahata": "Invicto"; "Inviolado"):
Coração; ligado à glândula timo;
Bija-mantra: "YAM".

Umbilical (do sânscrito: "Manipura": "Cidade das joias"):
Cerca de dois centímetros acima do umbigo (controla toda a região do plexo solar); ligado `a glândula pâncreas;
Bija-mantra: "RAM". (*5)

Sacro (do sânscrito: "Swadhistana": "Morada do Prazer"):
Região do baixo ventre (pela sua própria localização no corpo, esse chacra seria melhor denominado como "gênito-urinário"); ligado às gônadas (homem: testículos; mulher: ovários);
Bija-mantra: "VAM".

Básico (do sânscrito: "Muladhara": "Base e fundamento"; "Suporte"):
Base da coluna; ligado às glândulas supra-renais;
Bija-mantra: "LAM".


Eis aqui algumas considerações sobre a confusão que as pessoas fazem em relação ao chacra esplênico (baço) e o chacra do baixo ventre:

O chacra gênito-urinário é conhecido por vários nomes, dependendo da doutrina ou movimento espiritualista que o mencione: Sânscrito: "Swadhistana" ("Morada do Prazer"); China (Taoísmo): "Tan Tien inferior" ("esfera do elixir interior"); Japão: "Hara" ("Parte inferior da barriga"); Ocidente: "Sacro" ou "Chacra do baixo ventre" ou "Chacra sexual".

Na verdade, a função desse chacra ultrapassa em muito a função genital. Ele também controla as vias urinárias e as gônadas (glândulas endócrinas: testículos no homem; ovários na mulher) e é responsável pela vitalização do feto em formação (função essa que divide com o chacra básico). Aliás, a ligação desse dois chacras é estreita demais. Isso se deve ao fato de que parte da energia kundalini (*6) é veiculada do básico para dentro do chacra sacro. É por esse fator que alguns tibetanos consideram esses dois chacras como um único centro.

Devido à sua intensa atuação energética na área genital, o chacra sacro normalmente é suprimido por várias doutrinas espiritualistas ocidentais, muito presas à condicionamentos antigos sobre sexualidade. Muitas delas colocam o chacra esplênico em seu lugar. O motivo disso é simplesmente o tabu em relação à questão sexual. É um absurdo, mas alguns autores de livros chegam a trocar o nome dos dois chacras, chamando o esplênico de sacro ou o sacro de chacra do baço. Alguns chegam mesmo a tirar o bija-mantra do sacro e colocá-lo no baço, que nem mesmo tem bija-mantra em sânscrito.

Os orientais não sofreram a repressão sexual imposta aqui no Ocidente pelo Cristianismo. Daí, não hesitaram em classificar o chacra sexual como um dos principais centros de força do campo energético. Porém, consideraram o chacra do baço apenas como um centro de força secundário. É por isso que eles falam em sete chacras principais. Aqui no Ocidente, também fala-se de sete chacras principais, mas costumam exonerar o chacra sexual da classificação e colocar em seu lugar o chacra do baço.

O chacra do baço é importante na questão da absorção de vitalidade para o corpo, mas não é um dos centros principais. É apenas um repositor energético que ajuda o chacra cardíaco a distribuir a energia pela circulação do sangue. Por isso, ele nem mesmo é mencionado na tradição iogue como um centro importante.

No corpo físico o baço é uma víscera situada ao lado esquerdo do estômago, logo abaixo das costelas esquerdas. Retém células mortas da corrente sanguínea e as destrói. Também produz glóbulos vermelhos e brancos e transporta nutrientes para as células, via corrente sanguínea. Na medicina chinesa, ele é considerado junto com o estômago como um orgão só, associado ao elemento terra.

Aqui no Ocidente, quem divulgou mais a questão do chacra do baço foi Charles Webster Leadbeater, discípulo de Blavatsky, colega de Annie Wood Besant e seu colaborador direto na condução da Sociedade Teosófica nas primeiras três décadas desse nosso século. Ele era um clarividente respeitável e muito competente. Por conta do que via nos planos extrafísicos, escreveu dezenas de livros ("A Clarividência"; "O Que Há Além da Morte"; "O Lado Oculto das Coisas"; "Os Chacras"; etc).

Mas, ele tinha vários problemas em relação à sexualidade, talvez pelo fato de ter sido reverendo. Por esse motivo, ele suprimiu o estudo em cima do chacra sexual (ele dizia que era um centro perigoso para o desenvolvimento espiritual da pessoa) e colocou em seu lugar o chacra esplênico. A partir dele, outros autores ocidentais tomaram a mesma postura, esquecendo-se de que o chacra do baixo ventre não é meramente um chacra de ativação da energia sexual, mas também um centro gerador e plasmador de vida, pois é por sua ação (conjugada como chacra básico) que o feto é energizado e desenvolve-se. E é o controlador das vias urinárias (não é a toa que na tradição iogue ele está relacionado ao elemento água).

Resumindo: O chacra sacro é no baixo ventre. O chacra esplênico (derivado do inglês: "spleen": "baço") é no baço. São chacras diferentes mesmo.

Há muito mais chacras do que os sete principais. Há chacras secundários nas palmas das mãos, plantas dos pés, pulmões, fígado, estômago, orelhas, mandíbulas, ombros, joelhos, entre as escápulas (omoplatas) e espalhados por todo corpo. E, em escala menor, pode-se dizer que para cada poro do corpo há um pequeno chacra em correlação direta no campo vibratório correspondente.

Sugiro aos interessados no tema uma pequena bibliografia específica: (*7)

"Os Chacras"; C. W. Leadbeater; Editora Pensamento.
"Teoria dos Chacras"; Hiroshi Motoyama; Editora Pensamento.
"Elucidações do Além"; Hercílio Maes/Ramatís; Editora do Conhecimento.
"Cura Espiritual e Imortalidade"; Patrick Drouot; Editora Record, Col. Nova Era.
"Mãos de Luz"; Bárbara Ann Breenan; Editora Pensamento.
"Luz Emergente"; Bárbara Ann Breenan; Editora Pensamento.
"A Antiga Ciência e Arte da Cura Prânica"; Choa Kok Sui; Editora Ground.
"Medicina Vibracional"; Richard Gerber; Editora Cultrix.
"Os Chacras"; Harish Johari; Editora Bertrand.
"O Duplo Etérico"; Major Arthur Powell; Editora Pensamento.
"Os Chacras e os Campos Energéticos Humanos"; Shafica Karagula e Dora Van Gelder Kunz; Editora Pensamento.
"Chacras - Mandalas de Vitalidade e Poder"; Shalila Sharamon; Editora Pensamento.
"O Livro Básico dos Chacras"; Naomi Ozaniec; Editora Pensamento.
"Chacras"; Klausbernd Vollmar; Editora Kuarup.
"O Fantástico Mundo dos Chacras"; Dominique Lecroc; Editora Pergaminho (Lisboa, Portugal).
A todos vocês, "Namastê!" (do sânscrito: "A divindade que mora em mim saúda a divindade que mora em vocês!").

Paz e luz!

- Wagner Borges -
(São Paulo, 05 de março de 1999 às 12:18 h).

(*1) Bija-mantra (do sânscrito): "Núcleo vibratório de um mantra"; "Mantra-semente"; "Senha vibratória para evocação de uma determinada frequência espiritual".

(*2) Isso é só uma síntese. Há muito mais a considerar, tanto na parte teórica, como na parte prática de exercícios ativadores dos chacras. As variações das cores dos chacras, o número de pétalas (raios), suas funções vitais, os parachacras (chacras do corpo espiritual), o ectoplasma, enfim, há muito a estudar nessa área...

(*3) O chacra coronário tem 972 pétalas (raios), sendo 960 na parte periférica e mais 12 raios em seu núcleo central (960 + 12 = 972). Por motivos esotéricos, os iogues arredondaram logo para 1000 pétalas.

(*4) Brahmarandra (do sânscrito): "Portão de Brahman"; "Portão de Deus". É uma definição esotérica do orifício central (com suas 12 pétalas em estreita relação com o chacra cardíaco) do chacra coronário. É por isso que vários iogues narram projeções de consciência através do topo da cabeça. Eles fazem a kundalini ascender pelo nádi sushumna (conduto sutil principal que sobe pelo centro energético da coluna) e "esguichar" energeticamente pelo alto da cabeça. É a saída consciente pelo Brahmarandra. Em alguns casos, há também a ativação da glândula pineal no processo.

(*5) RAM (do sânscrito: "Bija-mantra do chacra manipura"): Além de ser o bija-mantra do chacra umbilical, RAM é a abreviatura do nome do sétimo avatar de Vishnu: "Rama" (Ramachandra). É um mantra de considerável poder. Também significa "Virtude".

(*6) Kundalini (do sânscrito): "Enroscada"; "Fogo Serpentino"; "Shakti". É a energia que entra no campo energético por intermédio do chacra básico. É também chamada genericamente aqui no Ocidente de energia telúrica (energia da terra) ou geoenergia. Contudo, essa definição ocidental é muito pobre. Os orientais, notadamente os hindus, tibetanos e chineses antigos (taoístas), aprofundaram-se bastante no estudo dessa energia. Há muito mistério em cima desse tema, principalmente por parte de gnósticos e iogues. Há também muita leviandade e ignorância das pessoas quando falam nisso. Alguns acham que é só "acender um foguete no traseiro" e decolar espiritualmente. Outros querem o despertar da kundalini sem sequer conhecerem o mecanismo dos chacras e dos nádis. Mas, os piores são aqueles que querem tratar disso sem nenhum amor ou crescimento espiritual compatível com tal empreitada consciencial. Aqui por e-mail fica difícil explicar um tema desse quilate, mas oportunamente postarei alguma coisa a respeito.

(*7) Muitos autores retrógrados costumam dizer que estudar e ativar os chacras é perigoso (é a mesma história em relação à projeção). Na verdade, perigoso é segurar informação e prendê-la dentro de um grupo fechado, pois assim o resto da humanidade fica na ignorância, o verdadeiro perigo disso tudo. O perigo é querer envolver-se nesses assuntos de maneira egoísta ou leviana. Porém, quem quer crescer e sente em seu íntimo o chamado da espiritualidade em direção à maturidade consciencial, deve ir fundo, sem temor ou repressão de doutrinas, pessoas, institutos ou esquemas bolorentos de bloqueio de informação. O potencial está dentro de nós mesmos, adormecido, esperando nossa resolução consciencial. Chega de inércia! Isso é que é maya! (do sânscrito: "ilusão"). Que as Potências Espirituais Superiores possam inspirar-nos no despertar de nossa própria divindade!

Textos postados por Wagner Borges no site www.ippb.org.br.


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Agradecimento

Wagner Borges concedeu-me muito gentilmente, via e-mail, em 11 de setembro de 2007, permissão específica para aqui aproveitar os interessantes e úteis materiais do seu amplo site do IPPB. Muitíssimo obrigado ao Wagner pela sua generosa e inestimável colaboração. Mais detalhes aqui.

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