Saraswati e Lakshmi

Um Conto Popular da Índia

Um jovem entrou na floresta e disse ao seu Mestre Espiritual:

"Quero possuir riqueza ilimitada, para ajudar o mundo. Por favor, ensine-me qual o segredo para poder gerar abundância."

O Mestre Espiritual respondeu:

"Existem duas deusas que moram no coração dos seres humanos. Todos são profundamente apaixonados por essas entidades supremas. Mas, elas estão envoltas num segredo que precisa ser revelado, e eu lhe contarei qual é."

Com um sorriso, prosseguiu:

"Embora você ame as duas deusas, deve dedicar maior atenção a uma delas, a deusa do Conhecimento, cujo nome é Saraswati. Persiga-a, ame-a, dedique-se a ela. A outra deusa, chamada Lakshimi, é a da Riqueza. Quando você dá mais atenção a Saraswati, Lakshimi, extremamente enciumada, faz de tudo para receber o seu afeto. Assim, quanto mais você buscar a deusa do Conhecimento, mais a deusa da Riqueza desejará se entregar a você. Ela o seguirá para onde for e jamais o abandonará. E a riqueza e a abundância que você deseja serão suas para sempre."

Nota de Wagner Borges: Na Cosmogonia Hinduísta, Saraswati é a esposa divina de Brahma, O Criador. É a Deusa do Conhecimento. Lakshmi é a esposa divina de Vishnu, O Preservador da vida. É a Deusa da abundância. Embora não seja citada no texto, só para completar o time das consortes divinas, faço menção aqui a Parvati, a consorte de Shiva, O Transmutador das energias. Ela é a deusa das energias e da alegria, e mãe de Ganesha e Kartikeya.

Dentro da clássica Trimurti divina do Hinduísmo, o Pai-Mãe de todos é personificado em três aspectos fenomênicos. De acordo com a preferência do devoto, esses aspectos podem ser evocados na figura de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Daí a clássica divisão dos deuses e suas consortes na concepção hinduísta: Brahma/Saraswati, Vishnu/Lakshmi, e Shiva/Parvati.

Apesar dessa divisão fenomênica clássica, lembro ao leitor que por trás de toda manifestação está o mesmo UM, a mesma Consciência Cósmica, o mesmo TODO que está em tudo! Chamá-lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina dá na mesma no final, pois não há final mesmo, só O Eterno, O Absoluto, O Imanente, O Grande Invisível, O Mestre de Todos, O Incomensurável Amor Que Gera a Vida.

Papai do Céu, O Grande Arquiteto Do Universo, Mamãe Celeste, Alá, Deus, Jeová, Zambi, Tupã, Grande Espírito, A Deusa, A Grande Mãe... tudo isso são só nomes limitados e finitos que os homens inventaram ao longo do tempo para tentar definir o Incognoscível Poder-Amor-Luz Que Está em tudo e em todos.
Que cada um escolha o nome ou aspecto fenomênico que melhor lhe convier, desde que isso seja por inspiração e expressão de amor na jornada da vida.
Tudo é ELA/ELE, ou ELE/ELA, ou melhor dizendo, TUDO É UM!

Jesus, Krishna, Buda, Rama, Maria, Kuan-Yin, Mataji, Babaji, Lao-Tzé, Hermes Trismegistro, Ramakrishna, Shankara, Chaytania, Ananda, o anjo, o ET tal, ou o amparador sutil, todos são expressão do mesmo UM Imanente e Interpenetrante.

Deuses e Deusas, mestres e anjos, amparadores e ETs, encarnados e desencarnados, tudo UM!
E, só para não esquecer, caro leitor, ao final desses escritos, posso também dizer que eu e você somos UM! E tudo mais, além disso... UM!


P.S.

Só lembrando mais um ensinamento de Jesus:
“Eu e o Pai somos UM!”

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Fonte

Postado por Wagner Borges no site www.ippb.org.br.


Agradecimento

Wagner Borges concedeu-me muito gentilmente, via e-mail, em 11 de setembro de 2007, permissão específica para aqui aproveitar os interessantes e úteis materiais do seu amplo site do IPPB. Muitíssimo obrigado ao Wagner pela sua generosa e inestimável colaboração. Mais detalhes aqui.

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