Revista Amaluz: Página 4


Ser de Órion Fala Sobre a Vida como Ser Humano na Terra


Canalização espiritual: Tsade Diesté, através de Robert Shapiro, em 10 de março de 1998.

Robert Shapiro - P.O. BOX 2849, Sedona, AZ 86339
Fone (520) 2825883



Nota de Euro Oscar: Dividi o longo texto em 3 partes, para este sítio.


PARTE 1

Meu nome é Tsade Diesté. Estou vindo para cá de Órion do presente. Foi-me designado um trabalho muito especial e é um privilégio estar aqui. Devo me parecer em todos os aspectos com um de vocês. Nossa gente de Órion não tem capacidade para tantas alterações corporais — alterações moleculares e assim por diante — mas temos consultores, guias e professores que, em razão da natureza de minha tarefa, alteraram meu corpo e essa alteração durará aproximadamente 150 anos. Passará por um ciclo durante esses 150 anos. Estou agora mais ou menos no meio desse ciclo, durante o qual parecerei envelhecer e ser exatamente como todo mundo. Um dia, ficarei de cabelos brancos; minha barba se tornará branca e serei como vocês.

Estou aqui por causa de coisas feitas em seu mundo, com propósitos malévolos, por gente de minha galáxia. Outros já discutiram algumas dessas coisas e há referências em seus livros da Exploring Race e Shining the Light. Permitiram-me vir observar tão de perto quanto possível e com a máxima intimidade (envolvendo os amigos, família e assim por diante com gente da Terra) para verificar com que profundidade esse ato praticado pelos assim chamados seres negativos de Órion afetou seu ambiente social. Fui também colocado numa posição na qual tenho considerável acesso a conhecimentos de alta tecnologia de diferentes lugares. Posso ver coisas, ir a lugares, fazer coisas.

Não estou tendo acesso a segredos governamentais em parte alguma, mas em virtude da natureza de minha especialidade, que não mencionarei (não quero ser descoberto facilmente), tenho tal acesso. Tenho à minha disposição uma ampla variedade de conhecimentos acadêmicos. Aquilo a que não posso eu mesmo ter acesso prontamente, posso chegar por meio do que eu chamaria vínculo hipersônico, localizado bem aqui [aponta a têmpora esquerda, no alto da maçã do rosto.] Ele me permite ligar-me a centros de sabedoria onde vivem nossos professores, numa dimensão significativamente mais elevada do que aquela na qual vive minha gente em Órion.

Desse modo, à pessoa comum pareço ser muito inteligente e ter soluções para problemas difíceis. Nem sempre tenho a solução (para não ficar óbvio demais), mas tenho muitas soluções grande parte do tempo, fato que me conquista o apreço das pessoas. Meu trabalho é principalmente observar suas interações sociais para verificar se foram provocados danos. Devo dizer que até agora o único dano considerável que observei foi feito nas reações entre pais e filhos.

Sempre chega o tempo em que os filhos crescem e precisam criar uma identidade separada, conhecido como adolescência. Isso faz parte de seu ciclo natural aqui. Mas nos últimos anos (nos últimos 60 anos, mais ou menos) houve um ciclo de experiências no qual os próprios pais têm de criar uma identidade separada ou são levados a criá-la e às vezes sentem que precisam se afastar da família. Este impacto é causado pelo menos 50 por cento pela influência negativa desses seres de Órion que desejam demolir suas estruturas familiares para, afinal, desestabilizar suas sociedades.

Não é minha tarefa corrigir essa situação, mas quando minha missão for concluída (quando puder voltar a meu planeta natal usando um dispositivo que prefiro não mencionar), poderei então voltar para cá e falar sobre essas coisas. Estarei numa forma diferente, ainda parecerei humano, mas não como agora, e discutirei esse assunto com várias pessoas de sua ONU que trabalham para defender a viabilidade e santidade da estrutura familiar.

A missão na qual me encontro será concluída dentro de cinco anos. Poderia até estar terminada em três anos e meio ou menos, mas no máximo cinco, me disseram. Observei que já não existem seres de Órion com intenções malévolas em qualquer parte deste planeta. Sou capaz de observar o subsolo e a superfície, e não vejo nenhum. Em todo caso, não há ninguém num corpo. Há um cérebro preservado, acredita-se que se poderia ter acesso a algumas informações desse cérebro (posso acrescentar que se trata do cérebro e da coluna espinal), mas essa tecnologia não está realmente disponível a vocês. Portanto, trata-se mais de uma curiosidade do que o que eu chamaria um dispositivo intelectual útil.

Então, eis quem sou eu. Obviamente, o nome que lhes dei é meu verdadeiro nome, não o nome com o qual perambulo por este planeta.

Tem recordações de sua vida em seu planeta natal?

Oh sim. Meu ciclo de vida total ainda nem chegou à metade. Como disse, sou de Órion do presente.

Pode dizer de que planeta?

Vou ver se consigo transpor foneticamente para o seu alfabeto.

A que estrela está ligado, na Órion que conhecemos? Ou circunda uma estrela da qual ouvimos falar?

Este é o nome do planeta [escreve]. Acho que é o melhor que posso fazer: Pharasedt.

Ao observarmos o firmamento, não vemos esta estrela onde fica seu planeta natal?

Não. Simplificando, fica nos confins da galáxia, distante da órbita da Terra. Não dá para vê-la de onde vocês estão.

Que tipo de vida levava lá? Qual era sua profissão? Como ela o conduziu a esta tarefa?

Inicialmente, dedicava-me ao ensino de crianças. Em nossa sociedade, não apenas ensinamos as crianças, como também somos estimulados por elas. Encorajamos as crianças a expressarem sua própria personalidade, como acontece em suas próprias escolas, em certos aspectos, pelo menos em algumas sociedades. Quando as crianças dizem algo novo ou diferente, conseguimos identificar tendências. Desse modo, podemos adaptar nosso sistema educacional segundo as necessidades das crianças, à medida que as necessidades surgem, em vez de adaptar as crianças ao sistema. Foi a partir desse sistema educacional que fui escolhido para vir para cá.

Nosso planeta está muito envolvido com estruturas, criação e apoio familiares. Fui escolhido por nosso governo para esta missão porque ainda não tinha iniciado minha própria família, então não era tão necessário lá, e também em razão dos interesses de nosso planeta, desejávamos estudar o impacto causado por nossos antepassados em seu planeta, fundamentalmente com a intenção de ajudá-lo.

Então, fui escolhido para vir e fazer o que faço. Posso acrescentar que às vezes tenho oportunidade de falar com crianças daqui. Acho que seu sistema educacional poderia se beneficiar de nossos métodos, e com o tempo falarei ao pessoal da ONU sobre isso.

Antes de partir ou depois de voltar?

Depois que voltar.

Quanto tempo dura seu ciclo de vida em termos de anos terrestres?

Varia de 700 a 1200 anos.

Quantos anos tinha quando partiu?

Oh, uns duzentos [risos].

Durante quanto tempo suas crianças são chamadas de crianças?

É semelhante. A infância lá, comparada em termos de anos terrestres, tem aproximadamente 25 anos, então é semelhante (estou prolongando a infância até os 17 anos daqui). Aqui, a maioria das crianças já não é realmente considerada criança ao atingir os 17, mas no nosso ponto de vista, ainda estão em formação, então seriam consideradas crianças e em nosso planeta teriam os privilégios que cabem às crianças.

Nossa gente é parecida com a sua. Na média, somos um pouco mais altos (usando sua altura média); certamente há pessoas neste planeta tão altas como nós. Temos em média cerca de dois metros de altura. Vocês ainda não têm essa média, contudo talvez cheguem lá um dia. Somos essencialmente humanoides. Temos as articulações dos joelhos e cotovelos um pouco mais flexíveis. Enquanto suas articulações travam e vocês não conseguem dobrá-las mais para trás, nós conseguimos dobrá-las um pouco mais para atrás que vocês, isso acontece nas duas pernas e em todas as articulações, inclusive dos dedos. Então, temos mais flexibilidade. Nossos crânios não são como os dos zetas, mas são maiores que os seus para sustentar cerca de 25 por cento a mais de massa cerebral e neural. Seu cérebro é hemisférico, e fica claro onde termina o cérebro e começa a coluna espinal. Nosso cérebro continua para baixo, onde se localizam sua segunda e terceira vértebras. Apresentamos tecido mais duro lá, mas não osso. O osso só começa mais ou menos onde fica sua quarta vértebra.

Então, temos basicamente a mesma anatomia interna?

Semelhante. Nossa capacidade pulmonar é um pouco maior. Nosso coração apresenta uma câmara extra (de sua perspectiva) localizada na mesma parte do corpo físico. Temos seis dedos em cada pé, mas só cinco dedos nas mãos, então acho que nosso equilíbrio é um pouco melhor, em termos físicos. Temos um intestino ligeiramente mais curto que vocês — vários metros mais curto, então nossa cintura talvez seja proporcionalmente um pouco menor que a sua. Nosso diafragma não é tão grande quanto o seu.

Sua dieta é semelhante?

Comemos carne como vocês a conhecem, ou peixe, mas comemos vegetais, sim. Comemos frutas e legumes.

Vocês têm animais selvagens ou algum tipo de animal?

Temos animais, simplesmente não os consumimos. Temos capacidade de nos comunicar com eles em nosso benefício. O mais importante é que eles têm capacidade de se comunicar conosco. Recebemos tanta orientação, apoio, ocasionalmente em nossa história, até mesmo avisos de que alguém ou algo está se aproximando e que seria conveniente agir rapidamente.

Por exemplo, certa vez um asteroide ia colidir com nosso planeta, e um dos animais falou com um cientista de lá cerca de 150 anos antes e disse que seria necessário dar um alarme com aproximadamente 75 anos de antecedência para que o asteroide fosse desviado da maneira mais suave possível, de modo a não danificá-lo e ainda assim desviá-lo de tudo que estivesse em sua órbita. Foi desviado por meio do uso do que vocês chamariam poder mental, mas foram necessários 75 anos de meditação ou orações complementares para a comunidade científica conseguir isso.

A comunidade científica de lá está intimamente entrosada com a comunidade sagrada, assim ciência é uma busca sagrada e a sacralidade é uma busca científica. Desse modo, a ciência beneficia as pessoas sem prejudicar ninguém. O espírito beneficia a todos, embora ainda apresente certa estrutura associada à previsibilidade, que é a influência científica.

Em que dimensão vocês se encontram?

Estamos na quinta dimensão.

Seus corpos parecem tão sólidos a vocês como a nós?

Sim. No princípio, estar nesta dimensão era uma dificuldade. Eu sentia como se estivesse carregando para todo lado uma imensa bolsa de livros, como os estudantes, e não conseguisse me livrar dela.

Estou interessado nos animais. Há algum semelhante aos que temos neste planeta?

Temos um animal semelhante a seu cervo, mas com orelhas ligeiramente maiores. É semelhante, mas nas mudanças sazonais ele modifica a pelagem. Às vezes a pelagem é mais esverdeada quando o animal (digo animal para simplificar) se encontra no ciclo reprodutivo. Essa situação perdura (em comparação) durante alguns meses do ano. Então a pelagem torna-se um cinza mais claro, uma cor cinza pálido.

Eles às vezes chegam bem perto. Imaginem o quintal de uma casa; o animal entra direto no quintal. São amados, apreciados e valorizados habitantes de nosso planeta — não exatamente participando de nossa sociedade de forma direta, e sim indireta, como nos relacionaríamos com alguém de outro país, respeitando cada civilização.

Em todos os quintais são cultivados os tipos de alimentos preferidos desses animais. Venham ou não comer o alimento, as pessoas nunca ingerem essa comida. Está lá apenas para os animais se eles a desejarem. Se não tiverem fome, tudo bem, mas é um modo de os honrar e mostrar-lhes que são bem-vindos e que sua presença em nosso planeta é apreciada.

Quantas espécie de animais existem?

Há pelo menos 67 tipos de animais. Temos água como vocês aqui e temos alguns seres que vivem na água. Não há tanta variedade quanto vocês têm aqui — vocês têm uma variedade quase inacreditável de seres. Mesmo atualmente, com toda sua poluição, ainda é surpreendente a variedade existente. Tive a grande felicidade de muitas espécies de seus animais daqui terem se comunicado comigo e de ter aprendido muito.

Por exemplo, não temos minhocas, mas minhocas conversaram comigo em inúmeras ocasiões, discutindo o valor de seu ser e a vida no subsolo. Nossa gente não mora no subsolo em nosso planeta, nem temos animais que vivem no subsolo, mas as minhocas me disseram que se quiséssemos dar as boas-vindas aos seres subterrâneos, então talvez alguns deles se manifestassem lá. Transmiti a idua a nosso conselho.

Há alguma outra coisa que você aprendeu enquanto esteve neste planeta que o beneficiará quando regressar definitivamente à sua casa?

Oh, muita coisa. Aprendi muito com as crianças da Terra — sua curiosidade. Fiquei muito impressionado com a adaptabilidade delas. Adaptam-se com tanta rapidez a mudanças inesperadas em comparação com nossas crianças. Nossas crianças precisam de tempo para se adaptar. Certamente vocês têm algumas crianças que também precisam de tempo para se adaptar, e é provável que as que necessitam de mais tempo para se adaptar estejam de algum modo relacionadas conosco. Mas suas crianças são tão rápidas, estou impressionado.

Além disso, suas crianças aprendem depressa e conseguem guardar muitas informações. Às vezes isso é bom. Outras vezes acho que suas crianças recebem informações demais, que realmente não necessitam saber, como as datas disto ou daquilo. Isso só é útil para a compreensão de tendências da história mundial, sendo, contudo, completamente desnecessário aprender como uma data arbitrária — o aniversário de alguém e assim por diante. Para quê? Vocês querem saber os aniversários de seus pais e os próprios aniversários, mas não vejo sentido em saber aniversários de presidentes. Então, acho que aqui se exige que as crianças aprendam muita informação desnecessária, que simplesmente solicitam de suas mentes uma capacidade que poderia ser mais bem usada.

Pode fazer um intervalo sem quebrar sua sequência de ideias? Acho que preciso substituir a pilha do gravador.

Tudo bem, mas posso trocá-la se você quiser. Pegue uma. Sei o que fazer — lembre-se, sou o Sr. Alta Tecnologia. Creio que não deve ficar vermelho o tempo todo. Eu conserto. Ponha a pilha aqui. Era uma pilha de 9 volts.

Vocês ficariam surpresos com como é raro, em muitas sociedades, se dispor de pilhas fáceis de usar; um pólo é diferente do outro ao tato. Pode-se trocar a pilha no escuro. Algumas sociedades que visitei ou das quais ouvi falar nem pensam nisso. Com frequência, isso se dá porque eles sabem instintivamente onde as coisas ficam e assim por diante, mas quando recebem visitas de outras sociedades não é fácil se adaptar à tecnologia.

Acredito que isso aconteça porque em seu planeta há tanta variedade que as coisas precisam de ser simplificadas. Em outros mundos, a variedade precisa ser acrescentada, e dessa forma alguns outros mundos só complicarão as coisas para criar variedade, não apenas para confundir as vidas das pessoas. Aqui vocês têm tanto que têm de simplificar as coisas e fabricar pilhas que podem ser instaladas sem sequer olhá-las, pois os polos são diferentes ao tato.

Você visitou outros planetas? Em seu planeta vocês fazem viagens espaciais a outras partes de Órion?

Nossa gente viaja, sim. Não é meu trabalho, mas sim, onde quer que sociedades estejam envolvidas com crianças, desenvolvendo práticas educacionais ou transmitindo sua filosofia às crianças. Isso é algo que fazemos. Onde quer que vá, nossa gente está muito envolvida com crianças, e somos consultores nesses assuntos em nossa galáxia. Também somos a ligação dessas coisas com outras galáxias que têm seu próprio pessoal trabalhando nisso, mas somos a ligação de nossa galáxia, caso haja conferências intergalácticas, que frequentemente tratam de uma coisa ou outra.

Então adquiriremos muita sabedoria quando você voltar e passar a dar palestras sobre crianças, certo?

Sim, irei diretamente à ONU, porque mesmo hoje, em seus primórdios, percebe-se que essa organização é o sinal mais promissor da unidade mundial em seu planeta e o corpo administrativo mais benevolente disponível. A ONU foi idealizada, não foi, para apoiar a humanidade como puder? Não foi idealizada para controlar. Posso acrescentar que observei que quando a ONU tem de sair em missão militar, o faz de forma amena e com o menor impacto possível. "Exército" não é um termo com o qual a ONU sente-se à vontade. Ela intervém militarmente, mas não o faz com prazer.

Isso não significa que não haja nada errado com suas sociedades, nem com seus militares. Em última análise, contudo, seus militares estarão mais envolvidos em aventuras, viagens espaciais e até mesmo viagens no espaço interior, que requererão alterações moleculares na consciência e forma do corpo para permitir, por exemplo, o trânsito de um astronauta do espaço interior. Esse astronauta ficaria, talvez, do tamanho de um átomo, a seguir seria injetado numa massa de material que vocês achem interessante, tais como óleo, pedra ou alguma forma de mineral, para interagir, enquanto viaja pelos espaços dos átomos, de modo a descobrir a composição e função de diferentes materiais, aumentando a comunicação entre seres humanos e materiais, mas também descobrindo maneiras mais eficientes de usar os materiais.


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Fonte

Textos publicados originariamente na excelente revista Amaluz, que parou de ser publicada há vários anos, no Brasil. Permitiram estas minhas republicações aqui, pelo que fico imensamente grato aos responsáveis pela magnífica revista, que deixou muitas saudades entre os seus muitos milhares de leitores e fãs.
Euro Oscar, autor deste site.


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