Parábola: O Viajante

Um dia, Khoja Nasrudin estava cortando lenha à beira da estrada, a uns poucos quilômetros de Akshehir. Transcorrido algum tempo, um homem veio pela estrada, caminhando na direção de Akshehir, e perguntou ao Khoja:

- "O senhor poderá dizer-me quanto tempo levarei até chegar a Akshehir?"

Khoja ouviu-o e ergueu a vista da sua tarefa, mas nada disse. Por isso o homem, em voz mais alta, insistiu:

- "Quanto tempo levarei para chegar até Akshehir?"

Mas o Khoja continuou em silêncio. Dessa vez o homem bramiu, indignado:

- "Quanto tempo levarei para chegar a Akshehir?"

Como o Khoja continuasse mudo, o homem chegou à conclusão de que ele era surdo; e assim se pôs a caminhar depressa no rumo da cidade. Nasruddin Khoja observou-o a caminhar por uns instantes e de repente lhe gritou:

"Uma hora!"

- "Por que não me disse isso antes?" - Desabafou-se o zangado viajante.

- "Porque eu primeiro precisava conhecer a velocidade da sua marcha." - respondeu o khoja.

(Jean Sulzberger, em "A Busca" - Com pequena adaptação)

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