Histórias Infantis Baseadas nos Ensinamentos de Buda
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Parábola das Três Ervas Medicinais e Dois Tipos de Árvores
Há muitas espécies de flores, árvores e ervas, diferentes em tamanho, forma e denominação. Ao redor do mundo, há uma nuvem densa e vasta, que faz com que a chuva caía em todas as partes. Evidentemente, a chuva molha o solo ressequido e, como resultado, as árvores, ervas e plantas de todos os lugares são nutridas e crescem. A água que cai da nuvem é imparcial, mas plantas recebem umidade conforme sua natureza e crescem de acordo com sua espécie.
Embora as árvores e as ervas sejam grandemente diversificadas em tamanho e em natureza, suas raízes, ramos, galhos, folhas, botões e frutos crescem graças à mesma chuva.
Nesta breve parábola, Sakyamuni mostra a benevolência imparcial do Buda.
O aparecimento do Buda é como a vasta nuvem que envolve o mundo inteiro. O Buda revela a verdade da vida a todas as pessoas sob diversos ângulos. Ele ensinou a Lei igualmente para todas as pessoas. Entretanto, como elas diferem quanto à capacidade de compreensão, o desenvolvimento de cada uma é diferente. Dessa forma, algumas continuam no estado de Alegria, outras, no de Erudição e outras, no estado de Absorção.
Sakyamuni compara os três tipos de ervas e dois tipos de árvores com esses estados de vida. As ervas inferiores correspondem às pessoas no estado de Tranquilidade e Alegria; as ervas comuns, às de Erudição e Absorção; e as ervas superiores, às de Bodhisattva que buscam a auto-perfeição. Quanto às árvores, as pequenas indicam os bodhisattvas que dedicam a vida ao caminho do Buda, praticando sempre o altruísmo. As árvores grandes indicam os bodhisattvas que se esforçam para salvar muitas pessoas.
Sakyamuni diz: "O ensino imparcial do Buda pode ser comparado à chuva. Entretanto, a compreensão das pessoas difere, assim como as plantas e as árvores recebem diferentemente a chuva".
Mas a chuva benéfica acaba, no final, nutrindo todas as espécies de plantas e árvores, fazendo com que, sem exceção, deem flores e frutos.
Da revista Terceira Civilização de julho de 1999.
Preciosa Colaboração de Charles Chigusa, Tóquio, Japão.
A Tartaruga de um Olho Só
Nas profundezas do oceano vivia uma vez uma tartaruga de um olho só, que não tinha as pernas e não podia nadar bem. Ademais, seu estômago era quente como ferro em brasa e suas costas frias como gelo. Assim a tartaruga sempre dizia consigo mesma: "Ah! Como gostaria de refrescar meu estômago que é tão quente e aquecer minhas costas que são tão frias."
A única maneira de realizar seu desejo seria a tartaruga poder flutuar na superfície da água e se deitar sobre a cavidade de um tronco de sândalo, para que o sândalo pudesse refrescar seu estômago e o sol pudesse aquecer suas costas.
Este, porém, era um desejo muito difícil de realizar. Ela poderia flutuar uma vez a cada 1000 anos e, mesmo que pudesse, fracassaria em encontrar o tronco de sândalo apropriado para seu tamanho, e, o mais difícil, subir nele sendo que não tinha pernas.
Aqui, o tronco de sândalo indica a Lei Mística exposta pelo Buda, o oceano mostra o mundo atual cheio de sofrimentos e a tartaruga de um olho só pode ser comparada às pessoas comuns.
Ausência de pernas simboliza a pessoa sem boa sorte, o estômago quente mostra Ira e as costas frias, Fome. Viver no fundo do mar por mil anos significa a pessoa viver muito nas três condições inferiores (inferno, ira e animalidade) e vencê-las para poder ser feliz.
Da Revista Terceira Civilização, de abril de 1976.
Preciosa Colaboração de Daisy Lúcia Ferreira de Moraes, São Paulo.
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Nota deste Site
Estas histórias são textos educativos infantis com ensinamentos budistas, salutares como aulas ou lições de vida para todas as idades. O moral de cada história serve como exemplo que pode influenciar na escolha de atitudes e decisões corretas, lapidando o caráter e a conduta.
Depois de cuidadosa análise procedi algumas mudanças nesta área do site: renomeei o título principal, que era Parábolas Budistas, para Histórias Infantis Baseadas nos Ensinamentos de Buda. Também reorganizei a distribuição das histórias e adaptei os textos para o Novo Acordo Ortográfico. O site todo, que é educativo, sempre busca apresentar o português correto e atual em todas as páginas, sem palavrões nem gírias chulas. E o mesmo em relação às páginas em inglês.
A disposição atual das histórias infantis no índice das páginas é um pouco diferente da anterior, por isso algumas das histórias mudaram de página e o número total delas passou de 48 para 50.
Fonte
www.maisbelashistoriasbudistas.com
As Mais Belas Histórias Budistas, página criada por Sandro Neto Ribeiro, a quem muito agradeço pela oportunidade de aqui compartilhar valiosos materiais do seu interessante site. Com meus votos a ele de muito sucesso e felicidade.
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